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quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Sesa orienta manutenção de ações contra Aedes aegypti

Apesar dos registros de casos de arboviroses terem aumentado nas últimas semanas, de acordo com os últimos boletins epidemiológicos divulgados pela Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), nos próximos meses o órgão espera uma queda desses números por conta do fim do período chuvoso, que ajuda no aumento dos pontos de água parada nos municípios do Ceará. A esperança pode gerar uma sensação de falsa tranquilidade. Por isso, a Sesa alerta que as ações de contenção ao mosquito devem continuar intensas como na quadra chuvosa, para que em 2018, os ovos depositados no segundo semestre, não eclodam, e assim aumentem consideravelmente o número de casos de arboviroses no Estado.

Segundo o secretário da Saúde do Ceará, Henrique Javi, mesmo que haja um grande esforço do poder público, a diminuição dos casos de arboviroses só irá acontecer com o comprometimento da sociedade. "Nessa fase, é essencial o entendimento da população nas ações preventivas contra a doença. Para corroborar com essas ações, o governador Camilo Santana anunciou recentemente uma campanha que vai dividir R$ 10 milhões para que os municípios cumpram ao pé da letra as exigências", afirma.

O secretário explica ainda, que a tendência em 2018 é uma diminuição drástica nos casos, não só pelas ações de combate, mas também pela imunidade das pessoas que foram infectadas pelos vírus nesse ano. "A pequena existência de pessoas imunizadas no Estado fez com que os números desse ano fossem tão altos. A vulnerabilidade dessas pessoas é muito maior. Como aconteceu na Bahia e em Pernambuco", afirma o titular da Pasta, durante evento marcado pela assinatura do termo de cooperação entre governo do Ceará e Fiocruz, realizado ontem no Polo Industrial e Tecnológico da Saúde (Pits), em Eusébio, que sediará a Fiocruz Ceará.

Identificar

Para a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, a parceria da Instituição com o Ceará deve ajudar no combate às arboviroses no Estado. "Estamos chegando para intensificar estudos de vacinas e medicamentos e mitigando riscos, não só das arboviroses, mas também de outras doenças. Estando aqui, será mais fácil identificar a biodiversidade do local e consequentemente melhores soluções para seus problemas, principalmente as arboviroses", aponta. Ela ressalta também que a vacina para chikungunya está em fase de análise, em cooperação, com o Instituto Evandro Chagas, no Para. "Entendemos que o grande número de casos de arboviroses no Estado é um problema latente da saúde pública. Estamos dispostos a ajudar nesse combate. Será um engajamento da Ciência na resolução dos problemas de saúde do Ceará", destaca.

Javi comemora a chegada do Instituto FioCruz no Estado e destaca a importância da parceria. "Esse novo Centro poderá ajudar outras entidades de pesquisa a encontrar alternativas para minimizar esses problemas. E eles estando mais pertos, abreviarão o tempo de pesquisa". Leia mais em Negócios.

Fonte: Diário do Nordeste