O governador do Ceará até o dia 31 de dezembro, Cid Gomes, insiste em despistar sobre sua possível ida para o Ministério da Educação. Em recentes entrevistas, reforçou que o plano “A” continua sendo ir morar nos Estados Unidos e assumir o posto de consultor do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Apesar das negativas, aos poucos surgem indícios consistentes de que o destino de Cid pode ser mesmo Brasília. Segundo o jornal O Globo deste sábado, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, teria dito à bancada da Educação, que a pasta deve ficar sob a tutela de Cid Gomes. A situação da Educação já estaria “praticamente definida”.
Cid Gomes segue sua própria cartilha. Como todas as decisões, o mistério faz parte do cardápio. Foi assim na indicação de Roberto Cláudio para a presidência da Assembleia Legislativa e posteriormente para a Prefeitura de Fortaleza. Seguiu a mesma ordem o anúncio do secretariado do segundo Governo. A mudança do PSB para o PROS – dele, do irmão Ciro Gomes e de correligionários – também foi feita a toque de caixa. E a página mais recente do livro é ilustrada com as eleições de 2014, quando o candidato ao Governo, Camilo Santana, a vice, Izolda Cela, e o candidato ao Senado, Mauro Filho, foram definidos, ou pelo menos divulgados, na reta final da legislação eleitoral.
Desta vez, o governador cearense depende pouco de si. A principal decisão parte da presidente Dilma Rousseff, que terá muitos desafios no segundo mandato. O primeiro será consolidar uma equipe forte e articulada, para enfrentar uma oposição cada vez mais armada. Cid seria uma das cartas do baralho.
