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segunda-feira, 28 de abril de 2014

Estudante africana morre em Fortaleza, e amigos fazem cota para traslado do corpo

Uma estudante de Guiné-Bissau, que morava em Fortaleza há 4 anos, morreu na última quinta-feira (24) e, desde então, um grupo de amigos, junto a entidades filantrópicas ligadas à população africana, está buscando auxílio financeiro para que seu corpo seja trasladado de volta ao país de origem. Ciserina Santos, de 29 anos, sofreu um acidente vascular cerebral hemorrágico (AVC) e acabou morrendo no Hospital César Cals. A estudante, que estava grávida de 4 meses, havia concluído a graduação em Tecnologia da Informação no fim do ano passado e se preparava para começar um curso de especialização.
De acordo com o presidente do Movimento Pastoral Africano, Alberto Imbunde, o corpo já está em uma funerária, mas ainda existem pendências financeiras para que ele seja encaminhado ao país africano. "Estão faltando muitos recursos ainda para mandar (o corpo). Para que se tenha ideia, o corpo precisa ser mandado a Senegal, para, de lá, ir até Guiné-Bissau. Só para mandar o corpo até Senegal, é preciso cerca de R$ 16 mil. No total, precisaremos de R$ 25 mil", afirma.
Alberto relata que já buscou ajuda junto ao consulado de Guiné-Bissau no Brasil, mas o órgão disse não ter estrutura nem verba para dar suporte ao caso. A transição de governantes do país africano neste momento, segundo Alberto, é outro problema que dificulta algum tipo de auxílio oficial. "A maior dificuldade é que o governo de Guiné-Bissau foi eleito na semana passada nem sequer foi empossado ainda, então tudo isso complica para que se consiga alguma ajuda", conta.